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Professora do Insper fala sobre em ESG com Carolina da Costa

julho 2023

Realizamos mais uma edição do G5 Talks com a participação, desta vez, da sócia da Mauá Capital e professora do Insper, Carolina da Costa. No bate-papo virtual, realizado em setembro, Carolina conversou com o CEO da G5 Partners, Corrado Varoli, com o sócio-sênior Levindo Santos e o analista Liran Gostein, sobre o tema ESG (governança ambiental, social e corporativa) e os seus impactos para companhias, investidores e a sociedade de forma geral. A G5 Talks é um projeto em que lideranças empresariais trocam experiências e aprendizados com o time da G5. O grupo debateu sobre o atual cenário de o ESG no Brasil, incluindo o desafio de a incorporação dos princípios e melhores práticas de ESG por empresas do mercado financeiro e o papel de os investidores como agentes catalisadores dessa transformação. No encontro, Carolina explicou que o ESG é uma forma de operar um negócio, ou seja, um modelo abarcado por princípios que implicam em uma agenda mais robusta e desafiadora. “Os princípios sociais estão ligados à mitigação de impactos negativos e geração de valor social. Já no ambiental é necessário observar os riscos inerentes de atuações dos negócios em relação ao impacto negativo no meio ambiente. Já  governança é mais do que compliance, envolvendo a divisão de alçadas, transparência de informações, equidade e diversidade”. 

A apropriação das práticas e valores de o ESG pelas gestoras de recursos é algo recente e o interesse das companhias em aderir a esse conjunto de iniciativas tem crescido no Brasil. De acordo com Carolina, a crise da Covid-19 acelerou esse processo, uma vez que a sociedade se mostrou mais alerta ao real valor desta pauta. “A sociedade está mais sensível a certas agendas que impactam diretamente as futuras gerações. Hoje, você observa segunda e a terceira gerações de famílias cobrando os investidores e querendo saber no que eles estão investindo. Investimento ESG será a tabela nutricional dos investidores daqui a 10 anos”. A consequência é que essa dinâmica “traz um momento especial para o mercado financeiro”, já que o mercado se tornou um ativista, um direcionador de ações das empresas e dos investimentos para esta agenda. “Há duas forças motoras que são ultrapotentes para a transformação da sociedade: o consumidor e o investidor. O mercado financeiro tem nas mãos a oportunidade de fazer uma agenda mais protagonista”. A professora ainda complementou ao dizer que, a partir do momento em que há o engajamento, a agenda não permite incoerências, ou seja, é necessário ter em seu negócio o mesmo patamar de excelência de que você cobrará de seus investimentos. 

Como avançar com ESG no mercado financeiro? 

A professora afirma que, para que a pauta avance cada vez mais no mercado financeiro, é necessário que haja um ambiente de colaboração entre as empresas. “Precisamos combinar competição com colaboração e encontrar maneiras de trabalhar em parceria. Temos que entender que existe uma oportunidade de inovação. Para dar um salto de inovação, temos que investir. Vai se sacrificar ganhos individuais em favor de uma agenda que será alavancada lá na frente”. 

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