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Samuel Emílio discute racismo estrutural e fala de educação para transformação

julho 2023

Realizamos o 4º Encontro G5 Talks com Samuel Emílio, de 24 anos, cofundador da plataforma Engaja Negritude da Educafro, coordenador nacional do Movimento Acredito e participante do programa de formação do RenovaBR. No bate-papo virtual, realizado no último dia 9 de junho, Samuel conversou com o sócio-fundador e CEO da G5 Partners, Corrado Varoli e o sócio-sênior, André Benchimol. A G5 Talks é um projeto em que lideranças empresariais e da nossa comunidade são convidadas a trocar experiências e aprendizados com o time da G5. Formado em engenharia da produção e fellow dos programas “Pró-Líder”, do Instituto Four, e “Guerreiros Sem Armas”, do Instituto Elos, ambos apoiados pela G5 Partners, Samuel falou sobre racismo, educação, inclusão, diversidade e inclusão. Entre os destaques do bate-papo, Samuel falou sobre a diferença entre racismo individual e estrutural. Segundo ele, no primeiro caso, alguém atinge a pessoa negra exclusivamente pela cor de sua pele. Refere-se assim a atitudes e pensamentos pessoais que levam à discriminação de forma geral. Já o segundo, ocorre de forma menos óbvia e está associado ao legado cultural do período escravocrata. Esse tipo de racismo é representado pelo conjunto de práticas, hábitos, situações e falas embutido em nossos costumes e que promove, direta ou indiretamente, a segregação e o preconceito racial. Para se perceber o racismo estrutural é necessário conhecer um pouco da história.

“Uma curiosidade é que os senhores de engenhos fizeram protesto pedindo indenização para o Império por causa da Lei Áurea, já que os escravos eram suas propriedades. Logo em seguida, essas mesmas pessoas, que acharam que isso era a norma, começaram a construir nossas Instituições. Construíram nosso Tribunal de Justiça e nossas regras de segurança pública. As nossas escolas e as regras de acesso à educação. E continuamos a construir várias instituições a partir de pessoas que eram racistas, o que, naquela época, era normal. E, agora, continuamos com as mesmas instituições. Vivemos em um modelo escravocrata moderno”.

Educação

Com uma educacional sólida, Samuel Emílio acredita que com vontade política e determinação será possível transformar a educação no País e, como consequência, “resolver boa parte dos problemas que alicerçam o racismo em nosso país”. “Olho para a educação brasileira e o meu desejo é que toda a criança tivesse um gestor público que acreditasse na educação o tanto que minha mãe acreditou. Isso foi o que virou o jogo. Infelizmente, não há vontade política, mas isso podemos construir”, finaliza Samuel. Entre seus projetos para ajudar a sociedade a conhecer mais sobre racismo, recentemente, Samuel Emílio lançou um programa chamado “diário antirracista”. Durante 30 dias, os usuários cadastrados pelo celular recebem pílulas de conteúdo para aprender um pouco mais sobre o tema. Em apenas poucos dias, o programa já conta com mais de 10 mil pessoas inscritas de forma completamente espontânea.

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