
A edição de abril do G5 Talks contou com a participação de Helena Caldeira, CFO e DRI do Banco Inter. No Banco desde 2016, a jovem executiva responde hoje por toda a área financeira e de relações com o mercado.
Num papo com os sócios Levindo Santos e Francisco Bilé e a analista Maíra Bordieri, Helena falou sobre trajetória profissional, comentando sobre os desafios impostos pelo mercado corporativo no caso específico de mulheres, além daqueles associados à gestão de um banco digital em constante transformação e com altas taxas de crescimento.
O G5 Talks é um projeto por meio do qual lideranças empresariais trocam experiências e aprendizados com o time da G5.
Mulheres e o mercado de trabalho
Helena contou que sempre buscou seu crescimento e espaço dedicando-se à sua capacitação profissional, sem se deixar intimidar por obstáculos. Para ela, o fato de o mercado financeiro ser predominantemente masculino nunca interferiu na sua capacidade de perseguir sonhos e projetos.
“A minha vida inteira eu tentei ignorar esse contexto, ignorar no sentido de não me sentir retraída por causa disso. Acredito que as pessoas precisam ser avaliadas por sua competência e capacidade. Sempre passei por cima de problemas ou situações difíceis em que eu pudesse me encontrar. Sempre busquei investir na minha formação profissional, mas também em meu desenvolvimento pessoal, com cursos, terapias, leituras, que me fazem ser quem sou hoje”, explica Helena.
De acordo com a executiva, o fato de ser de uma família majoritariamente feminina a impulsionou ainda mais. “São mulheres fortes. Ter essa inspiração dentro de casa sempre me fez ir mais à frente. E isso me fez ser como sou. Também busco fazer minha parte trazendo mais mulheres para o time, da forma mais natural possível”, afirma.
Tolerância ao erro para crescimento no Inter
Atualmente com mais de 10 milhões de clientes e valendo mais de R$ 50 bilhões no mercado, o Banco Inter vem se expandindo, e Helena conta que ela também cresceu muito profissionalmente nesse processo.
“Tenho muito a contribuir para o Inter, mas há muita gente que também pode contribuir. Estamos nos reinventando e crescendo. Nós crescemos, mas temos que constantemente compartilhar responsabilidades e atrair cada vez mais pessoas com experiência técnica em novas áreas de conhecimento”, diz a executiva, que complementa: “o Banco gosta de trazer gente boa e boa gente. Já nos tornamos uma marca empregadora de referência”.
Segundo ela, um dos grandes desafios do Banco Inter é “continuar crescendo com consistência. Esse é até um desafio maior do que o de manter o ímpeto empreendedor, porque isso já está bem arraigado na nossa cultura”.
Helena ressalta que um dos pontos-chave para o Banco se manter ágil e com governança sempre adequada é ter “tolerância ao erro”. “Há sempre chance de se propor ou trazer algo novo. E existe tolerância ao erro, desde que se tente corrigir as falhas com agilidade e aprender no processo. Isso faz parte da nossa cultura. Como fazer isso ao mesmo tempo que preservando os processos e a segurança? Não deixando os nossos pilares falharem. Estabilidade, integridade e segurança são os nossos pilares”, finaliza.
Ainda de acordo com a executiva, a empresa realiza esse trabalho de forma contínua. “É um trabalho constante de busca por melhoria na sua governança. Se não tivéssemos a cultura da tolerância ao erro, ao erro genuíno, não existiria a oportunidade para se fazer testes e para evoluir. A inovação, com governança, tem que ser a pauta”, finaliza.
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